Atualmente, a Ordem de Malta está espalhada por todo o mundo. Está presente em 38 países da Europa, 37 da África, 29 das Américas e 18 da Ásia e Oceania.
Entre todos esses países, a organização também se encontra no Brasil. A seguir, conheça as associações brasileiras da Ordem de Malta e as suas principais finalidades. Vem com a gente!
Associações no Brasil da Ordem de Malta
No Brasil, a Ordem de Malta conta com três associações. São as Associação dos Cavaleiros de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Brasília. Saiba mais detalhes abaixo!
Associação dos Cavaleiros da S.M.O.M. de São Paulo e Brasil Meridional
Criada em 21 de dezembro de 1956, a associação estava focada em uma ação humanitária que se preocupasse com a defesa dos marginalizados.
Incialmente, as atividades contavam com poucos recursos. Então, foram criados pequenos ambulatórios médicos que procuravam ajudar os mais necessitados. Foram prestados serviços importantes, os quais estavam distribuídos nas áreas de saúde e educação.
Em 2014, a Associação de São Paulo já contava com:
- Uma creche com mais de 200 crianças de até 5 anos de idade
- Um Centro de Juventude voltado para o desenvolvimento intelectual e social para mais de 100 jovens – entre 7 e 14 anos de idade
- Um centro para mães, os quais ofereciam aulas de higiene, puericultura, programas de suplementação alimentar, educação sanitária, cursos profissionalizantes para jovens e adultos, além de atendimento médico e odontológico
- Convênios com universidades e hospitais que trabalham para o desenvolvimento de diferentes atividades em áreas como odontologia, oftalmologia, com orientação para atendimento de crianças e adolescentes carentes da comunidade
Além disso, a associação já integrava diferentes ações que pudessem colaborar na reabilitação de adolescentes que apresentavam problemas penais.
Em Curitiba, no Paraná, também é possível encontrar um Centro Profissionalizante e um Lar de Terceira Idade – com 40 apartamentos para, no máximo, duas pessoas.
Em 2008, uma creche fundada em 1988 que abrigava 80 crianças foi adaptada para receber aquelas que precisassem de cuidados especiais.
Já em Macapá, no estado do Amapá, a associação auxilia na manutenção do barco S. João Baptista II, no rio Amazonas, o qual presta serviços médicos primários e fornece assistência religiosa a aqueles que necessitam.
Associação dos Cavaleiros da S.M.O.M do Rio de Janeiro e Brasil Meridional
Fundada em 1957, fornecia obras assistenciais nos estados da jurisdição que foram, em seguida, restritas à Associação de Brasília e Brasil Setentrional, em 1984, no Rio de Janeiro, Espírito Santo e em Minas Gerais.
Tanto no Rio de Janeiro, principalmente na Baixada Fluminense, quanto em Belo Horizonte, Minas Gerais, mantem-se uma biblioteca com finalidade de prestar serviços a uma creche para meninos de rua. Disponibiliza cursos de informática, terapia ocupacional para terceira idade, reforço escolar, entre outros serviços.
Ainda, convênios de universidades e hospitais também são mantidos para o atendimento de crianças e jovens, oferecendo atendimentos relacionados a odontologia, psicologia, clínica geral e próteses. Serviços de transporte até os hospitais de pessoas doentes que moram nas favelas também são prestados.
Tal associação foi a responsável por centralizar, inicialmente, a coordenação do Movimento Malteser, o qual tinha como principal objetivo treinar jovens como salva-vidas, em primeiros socorros, ao combate a incêndios, entre outros. Recebeu o apoio de diversas universidades e outras instituições, além do apoio dos copos de bombeiros e de vários médicos.
Um programa, em parceria a Empresa de Correios e Telégrafos, conseguiu atender crianças e jovens carentes dos dois estados, oferecendo atividades de aprendizagem profissional remunerada e registrada.
Associação dos Cavaleiros da S.M.O.M de Brasília e Brasil Setentrional
Fornece obras assistenciais em diversos estados da sua jurisdição desde a sua fundação, em 1984. Mesmo que com poucos recursos disponíveis, a associação criou duas creches em Brasília, as quais são administradas – atualmente – pela Sociedade Cruz de Malta.
Apoiou e administrou equipes de jovens que realizava atividades relacionadas a proteção ambiental e ações comunitárias – o famoso Movimento Malteser.
Infelizmente, as principais atividades desenvolvidas pela associação – como a formação católica de jovens, a Casa dos Idosos Giuseppe Aras e o Hospital Frei Ricardo – não exercem mais as suas funções desde 2008.
Sociedade da Cruz de Malta
Criada em 1976, a Sociedade da Cruz de Malta (SCM) tem como objetivo praticar o bem a todos os excluídos socialmente a qualquer nível. A sua sede se encontra em Brasília e tem integrado a assistência da Ordem de Malta, seguindo todos as suas normas e regras.
A Sociedade da Cruz de Malta conduz, norteia e inspira obras assistenciais no Distrito Federal, Piauí e Minas Gerais. O recurso financeiro é alcançado através de doações, sejam elas governamentais ou de outras receitas.
No Piauí, as suas atividades foram encerradas após uma crise econômica. Então, felizmente, a Fundação Pórticos de Erik Brennengmeier acolheu o projeto, dando sequência sem interferência da SCM.
Já em Minas Gerais, o projeto foi desenvolvido para Coisa de Criança, onde 200 crianças, entre 6 e 14 anos, e 100 adolescentes, entre 15 e 18 anos, receberam formação – principalmente de música – depois do período escolar. Vivendo e Aprendendo é outro projeto presente no estado, mas voltado para a terceira idade.
No Distrito Federal, em Brasília, a Creche Cruz de Malta tem capacidade para atender 500 crianças de até 6 anos de idade, durante 12 horas por dia. Entre suas principais ações, a inclusão social de pessoas necessitadas é uma delas.
Outros projetos nos demais estados brasileiros, como o Projeto Hansen – o qual procura combater a doença de Hansen –, também fazem parte dos serviços prestados da associação.